Os materiais de construção são, na sua maior parte, estruturas porosas que geram trocas permanentes de humidade, em fase de vapor e em fase líquida, com o ambiente em que estão colocados. Este comportamento condiciona as suas propriedades e a sua durabilidade. Refira-se que a humidade é uma das principais causas das patologias observadas nos edifícios. Com o objectivo de estudar a cinética de embebição e secagem e determinar os coeficientes de difusividade hídrica dos diversos materiais de construção, o LFC dispõe de um dispositivo de medição do teor de humidade por atenuação de radiação gama.
Tratam-se de ensaios não destrutivos em que podemos calcular os perfis de teor de humidade num processo contínuo de embebição ou secagem.
O equipamento é constituído por:
A selecção dos revestimentos face à água líquida deve ser feita em função do seu coeficiente de capilaridade, expresso em kg/(m2·s½).
A determinação experimental do coeficiente de capilaridade C, também designado por coeficiente de absorção A, consiste em colocar os provetes em contacto com água, medindo-se a variação da massa em função da raiz quadrada do tempo.
O ensaio realizado no LFC segue o prescrito nas normas NP EN 1925 e EN ISO 15148:2002.
Nos estudos de transferência de humidade em fase vapor e, em particular, na aplicação do método de Glaser é fundamental conhecer o coeficiente de permeabilidade ao vapor dos diversos materiais de construção (argamassas, betões, pinturas, isolantes térmicos, etc.).
No LFC dispomos de dispositivos que permitem a sua determinação. O ensaio realizado no LFC segue o prescrito nas normas NP EN 12086:1997 e EN ISO 12572:2001.
Este ensaio destina-se à determinação da permeabilidade à água líquida de materiais de construção. A água fica em contacto directo com o material a ensaiar, criando-se uma determinada pressão.
Dispomos de um aparelho que permite a medição da permeabilidade à água dos rebocos exteriores de impermeabilização de paredes à base de ligantes hidráulicos, segundo a técnica descrita no Cahier n.º 1779 do CSTB (Centre Scientifique et Technique du Bâtiment).
O equipamento GWT-4000 permite a realização de ensaios de permeabilidade superficial em betões, tanto em paramentos verticais como horizontais.
O equipamento é usado para analisar as microfissuras e porosidade da superfície do betão e do revestimento ou para testar juntas e a intensidade de membranas à prova de água.
A medição da permeabilidade à água de paredes in situ é efectuada com o equipamento apresentado na figura.
Os materiais correntemente utilizados em Engenharia Civil são higroscópicos, isto é, quando são colocados numa ambiência em que a humidade relativa varia, o seu teor de humidade também varia.
No LFC dispomos de dispositivos que permitem determinar as curvas higroscópicas seguindo-se as prescrições da norma EN ISO 12571:2000.
O objectivo dos ensaios de variação dimensional é determinar a expansão e a retracção, em função da variação da humidade relativa, de vários materiais de construção.
O ensaio realizado no LFC segue o prescrito na norma EN 13009:2000.
A condutibilidade térmica caracteriza a maior ou menor facilidade de condução de calor por parte dos materiais.
A sua determinação é possível pelo Método da sonda de choque térmico e pelo Método Guard-Hot-Plate.
O LFC dispõe de um equipamento portátil CT-Mètre, e respectivas sondas baseado no método da sonda de choque térmico, de acordo com a norma ISO 8301:1991, que torna possível a determinação do coeficiente de condutibilidade térmica in situ e/ou no laboratório.
Este equipamento permite obter o valor da condutibilidade térmica para diferentes valores do teor de humidade do provete.
Os valores podem estar compreendidos entre 0,05 W/(m·°C) e 5,00 W/(m·°C).
O LFC dispõe ainda do equipamento Holometrix GHP-300, baseado no Método Guard-Hot-Plate, que permite determinar com grande rigor a condutibilidade térmica em laboratório, para valores compreendidos entre 0,02 W/(m·°C) e 2,00 W/(m·°C).
Os ensaios são realizados de acordo com a norma ISO 8302:1991.
A termografia é um método de determinação e representação da temperatura superficial de um corpo, por medição da radiação infravermelha emitida pela sua superfície.
A inspecção da qualidade térmica da envolvente de edifícios visa identificar e diagnosticar anomalias construtivas associadas à solicitação da temperatura, facilitando a formulação de acções correctivas ou de reabilitação.
Através dos termogramas é possível analisar e detectar:
O LFC dispõe da câmara TH9100MR da NEC Avio.
Os materiais de construção, em particular os materiais de revestimento exterior, estão sujeitos a um envelhecimento produzido pelos agentes climáticos (temperatura, humidade relativa, precipitação e radiação).
É fundamental poder apreciar o envelhecimento acelerado dos materiais.
Dispomos, para a realização destes ensaios, de uma câmara programável (FITOCLIMA 600 EDTU) que funciona para:
Este ensaio torna possível a determinação da força necessária para provocar o arrancamento por tracção de uma determinada área de revestimento, calculando-se a tensão que provoca a rotura.
Os dispositivos para a execução do ensaio são:
Estes ensaios permitem analisar a resistência dos revestimentos ao choque duro (cortantes ou não cortantes), à degradação e à riscagem.
A avaliação da resistência dos revestimentos de paredes faz-se através dos seguintes ensaios:
Em edifícios de habitação, com infiltrações e exfiltrações, o método do gás traçador é o único que pode ser usado para medir a distribuição dos fluxos de ar pelos espaços dos edifícios.
A técnica usada pelo LFC (técnica do decaimento) permite a obtenção da renovação horária (RPH) e do respectivo caudal de ventilação.
O LFC dispõe de vários equipamentos para medição da temperatura e humidade relativa.
O LFC dispõe de um conjunto de câmaras climáticas, nomeadamente: