Actualmente a Internet é um veículo popular para distribuição de informação e os sistemas de informação geográficos (SIG) estão-se rapidamente a desenvolver e adaptar a este novo ambiente.

A grande restrição à criação de sistemas verdadeiramente abertos que permitam a distribuição de dados, é a falta de um mecanismo padrão de intercâmbio entre os diversos SIGs. Esforços recentes levados a cabo pelo Open GIS Consortium (OGC) resultaram num conjunto de especificações para resolver este problema, sendo o GML (Geography Markup Language -- Linguagem de Marcação Geográfica) um desses padrões.

GML é uma codificação XML (eXtensible Markup Language --- Linguagem de Marcação eXtensível) para o transporte pela Internet e para o armazenamento de informação geográfica, incluindo tanto a geometria como as propriedades das características geográficas. As técnicas de análise dos documentos GML têm, porém, que levar em conta considerações de desempenho visto que os documentos GML podem ser potencialmente enormes.

Os dispositivos de Computação Móvel (vulgo PDA) têm sofrido uma grande evolução durante osúltimos tempos. Já não são apenas vistos como instrumentos de apoio à gestão de tarefas (ou calendários electrónicos) mas como ferramentas potentes de manutenção de dados.

Esta evolução provocou alterações nos paradigmas de desenvolvimento de sistemas, obrigando à avaliação de novas formas de reconciliar réplicas de dados modificados em diferentes dispositivos, com uma base comum. Vários desafios se colocam na hora de efectuar esta sincronização.

O principal objectivo deste estudo é avaliar a possibilidade de utilização de dispositivos de Computação Móvel nos Sistemas de Informação Geográficos, nomeadamente para efeito de actualização de dados georreferenciados.

Neste trabalho desenvolve-se uma aplicação para dispositivos móveis que permite efectuar a manutenção de dados georreferenciados num destes dispositivos (neste caso num Palm), sendo analisada e utilizada a norma GML para a transformação destes dados entre formatos distintos.

Verificou-se que a norma apresentada éútil e pode ser utilizada na sua plenitude para efectuar transformação entre formatos. Concluiu-se que os dispositivos móveis podem ser utilizados (mediante código desenvolvido de raíz e que leve em linha de conta as restrições específicas a estes dispositivos) para aplicações até agora desenvolvidas somente para grandes sistemas.