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Robô recolhedor de latinhas é resultado das
pesquisas em Redes Conexionistas

O recolhedor de latinhas - um robô inteligente, 'ensinado' a tomar decisões como selecionar a latinha pela cor - é exemplo do que vem se buscando na UFSC com as pesquisas na linha conexionista da Inteligência Artificial. O experimento faz parte do projeto 'Redes Neurais Hierárquicas e Modulares', desenvolvido por integrantes do Laboratório de Conexionismo e Ciências Cognitivas, ligado ao Departamento de Informática e de Estatística do Centro Tecnológico. O pequeno robô construído com Kit Lego Midstorn vem permitindo o estudo e aplicação dos princípios do conexionismo: a modelagem da inteligência humana através da simulação matemática dos componentes do cérebro, isto é, de seus neurônios e suas interligações.

No experimento o robô fica sobre uma mesa branca delimitada por uma faixa preta, sendo que latinhas verdes e amarelas são colocadas sobre a superfície. Devido a seu 'aprendizado', o 'recolhedor' deve tirar da mesa as latas verdes e deixar as amarelas, sem sair da área marcada. Sua capacidade 'inteligente' é resultado de redes neurais codificadas em valores matemáticos e transmitidas à máquina através de programas computacionais. Para o aprendizado foram implementados modelos artificiais do que seria uma rede nervosa primitiva. Esses modelos artificiais, que são modelos matemáticos, correspondem a neurônios biológicos sensores e efetores. "É como se o robô tivesse um sistema nervoso primitivo", explica Francisco Antonio Fernandes Reinaldo, um dos integrantes do L3C.

Os Robôs Móveis Inteligentes (RMIs), classe a que pertence o 'recolhedor de latinhas' são sistemas computacionais que operam em ambientes dinâmicos e imprevisíveis. Eles interpretam dados obtidos por sensores, executam comandos e mandam estes resutlados para seus atuadores. O grau de inteligência desse tipo de robô (3a geração) está relacionado à capacidade de como relacionar os dados dos sensores com os comandos aos motores em seus esforços para atingir seus objetivos, satisfazer motivações, etc.

Robôs inteligentes podem ser úteis para executar atividades em lugares onde o homem não pode ou não consegue chegar, como em vulcões ou até outros planetas, por exemplo. Entre as aplicações estão transporte de peças e ferramentas; escavação e transporte de minérios; exploração submarina; exploração espacial e vigilância.

"A linha conexionista permite que o robô trabalhe tomando decisões, sem precisar de alguém para controlá-lo, tendo como inspiração o ser humano, por exemplo", explica Reinaldo. Segundo ele, essa é uma vantagem da Linha Conexionista. "O conexionismo possibilita que o robô não se perca - o que pode acontecer no caso de uma programação em que nem todas as possibilidades sejam previstas e repassadas à máquina", complementa o mestrando. "Por isso, a linha conexionista é a melhor opção no caso de ambientes dinâmicos, em que você não possa prever todas as situações".

Seria o caso de desenvolver um robô para procurar um ponto de luz no oceano, por exemplo. A partir das redes conexionistas, este robô poderia ser 'ensinado' a agir em situações como a presença de obstáculos.

No caso do 'recolhedor de latinhas', o programa de computador que corresponde ao cérebro do robô foi desenvolvido no projeto no Projeto PiramidNet. Nesse programa, foram criadas quatro redes neurais hierárquicas, cada uma delas responsável por um tipo de comportamento. A primeira rede detecta os eventos, ou seja, identifica, através de sensores, as latas verdes, amarelas e a borda da mesa. A segunda é responsável pelas decisões que o robô vai tomar de acordo com os eventos detectados na rede 1, que podem ser empurrar a lata, refugá-la ou andar pela mesa. A terceira rede faz com que o robô dê a volta quando encontrar a borda preta da mesa, e a quarta é responsável por ativar os motores para que ele execute a decisão tomada.

Para implementação de um sistema a base de redes conexionistas, os pesquisadores fazem uso de dois tipos de redes. Há redes diretas, que são mais simples e responsáveis pela execução de tarefas como empurrar, e outro recorrente, mais complexo. As redes recorrentes são responsáveis pelo comportamento de decisão. No caso do robô, no ambiente em que há latas verdes, amarelas e a tarja preta ao redor da mesa, foi ensinado que a lata verde deve ser empurrada, até o limite estabelecido, a amarelo deve ser mantida. Quando encontra a tarja volta. Ele fica vagando dois sensoresm cptam a manda para a rede complexa, recorrente, epurrar para fora. Simples empurrar, compled,a quel comportanmento, o que deve ser feito. Foi ensinado que o preto é medo.

O trabalho de desenvolvimento do 'Recolhedor de Latinhas' envolve estudantes de mestrado e de graduação e tem a orientação de professores que há vários anos vêm voltando seus estudos à Linha Conexionista. É o caso do professor Mauro Roisenberg, por exemplo, cujo estudo de doutoramento é referência na área pelo estudo de desenvolvimento da Arquitetura PiramidNet - que trata da integração de redes diretas e redes recorrentes. Entre as dissertações em desenvolvimento, a de Reinaldo pretende permitir que novas redes sejammodeladas graficamente e repassadas para o artefato robótico, tornando seu 'sistema nervoso mais evoluido', processo que atualmente é manual, trabalhoso e demorado, através de árdua programação.

 

 

.: Saiba Mais:

Abordagem da Linha Conexionista:
- Busca da Inteligência através de modelos inspirados na natureza
- Análise dos mecanismos básicos utilizados pela natureza para o desenvolvimento dos seres vivos e busca de entendimento de seu funcionamento.
- Adapção e transformação destes mecanismos em técnicas computacionais para o desenvolvimento de Robôs Móveis Inteligentes.


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