Cabos
Cabos Condutores Cabos de Guarda
Nas linhas de energia temos dois tipos de cabos, com funções bem distintas. Temos os cabos que compõem o/ os circuito(s) eléctrico(s) trifásicos, através dos quais vai ser transportada a corrente, e existem também os cabos de guarda, que como o nome indica servirá de protecção aos outros em situações de descargas atmosféricas, ficando por isso, instalados numa posição superior. Distinguindo estes dois tipos de cabos pela designação de condutores e cabos de guarda respectivamente, segue-se uma descrição destes individualizada:
Este é na realidade o principal elemento que compõe uma linha de energia, pois é através deste que a corrente vai ser conduzida até aos locais pretendidos. Os cabos condutores podem ser de diversos tipos com características diferentes, estando a sua utilização pré determinada em diversas situações, de acordo com o nível de tensão e temperatura admissível, sendo esta última motivo de algumas excepções. Devem resistir à tracção mecânica a que estão sujeitos e garantir a condutibilidade eléctrica pretendida. Os condutores são fabricados em alumínio – aço, apresentando no seu interior o aço que lhes confere a consistência mecânica necessária e na parte exterior o alumínio como elemento condutor. Pode-se então constatar na tabela seguinte os tipos de cabos e as situações em que são utilizados:
Kr - Coeficiente de variação da resistência do cabo c/ temperatura (/0K) CCL – Capacidade calorífico linear (J/m/K) C=Cs*Ss+Ca*As Cs – Calor especifico do aço =3.78E+6 J/m3/K Ca – Calor especifico do alumínio =2.45E+6 J/m3/K Ss, As – Secções respectivamente do aço e alumínio (mm2) Coef. Ef. Pel. – Coeficiente de Efeito Pelicular
Cabos de Guarda
Os cabos de guarda desempenham uma função de blindagem dos condutores às descargas atmosféricas e de interligações das terras dos apoios e das subestações extremas. A existência destes cabos irá permitir que as terras dos diversos apoios estejam ligadas entre si, possibilitando um melhor escoamento das correntes de defeito por todos os apoios da linha, sendo que parte dela é atenuada pela impedância dos cabos e estruturas. Na falta destes cabos verifica-se que a corrente temobrigatoriamente de se escoar pelos dois apoios de extremidade do vão que sofreu o defeito, verificando-se a necessidade de escoar a mesma corrente mas apenas por dois caminhos e de uma forma indirecta, isto é, através de arcos que contornam as cadeias de isoladores. São estas circunstâncias e características que levam à utilização de cabos de guarda, sendo estes importantes no dimensionamento eléctrico dos cabos condutores e do circuito de terra da linha.
Estes cabos são colocados numa posição superior aos cabos condutores para que sobre eles incidam as descargas atmosféricas às quais deverão resistir. Ao longo do percurso existente entre o local onde ocorreu a descarga e os apoios mais próximos, as elevadas correntes de defeito vão sendo atenuadas e as cristas de onda daí resultantes conduzidas até aos apoios onde através da estruturas metálicas destes e respectivas ligações à terra vão ser escoadas. Os cabos de guarda são igualmente utilizados em funções de comunicações e telecomando, sendo para esse efeito utilizados cabos de alumínio com fibra óptica no seu interior.
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